A Mota-Engil e a Visabeira vão recuperar 68 quilómetros de linha férrea em Moçambique, num contrato de 40 milhões de dólares, cerca de 30 milhões de euros.
As obras incidirão na Linha de Sena, que liga a província de Tete ao porto da Beira. Os trabalhos deverão iniciar-se em breve e prolongar-se por cerca de seis meses.
A linha de Sena é fundamental para escoar o carvão extraído pela Vale e pela Rio Tinto nas minas de Moatize. Mas a sua capacidade é muito limitada.
A reconstrução e exploração da linha está agora sob a alçada da Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM), depois de ter sido denunciado o contrato com o concessionário indiano. Os trabalhos deveriam ter ficado concluídos em 2009. Agora, o novo prazo é 2013.
Este é o segundo contrato ganho pela Mota-Engil, nos últimos tempos, na região, para a construção/reabilitação de vias férreas.
No início de Fevereiro, o grupo português acordou com a brasileira Vale a construção de uma linha de 154 quilómetros, para ligar Moatize ao Corredor de Nacala, através do território do Malawi. Também aí o objectivo é facilitar o escoamento do carvão pelo porto de Nacala.
Nesse caso, as obras deverão prolongar-se por 27 meses e representar um encaixe bruto de 540 milhões de euros para a construtora portuguesa.