A Mota-Engil, em parceria com a Trafigura e a Vecturis, venceu o concurso para a concessão do Corredor do Lobito, em Angola. O despacho governamental já terá sido assinado.
Na corrida ao Corredor do Lobito estava também um consórcio integrado pelas chinesas CITIC, Sinotrans e CR20. Recorde-se que a Mota-Engil tem como accionista de referência a também chinesa CCCC.
O concurso para a concessão da exploração do Corredor do Lobito foi lançado em Setembro do ano passado. As propostas concorrentes foram abertas no passado 25 de Janeiro. O prazo para a escolha do vencedor pela comissão de avaliação terminou há dias.
A concessão será feita por um prazo inicial de 30 prorrogável até aos 50 anos. A nova concessionará assegurará o transporte de mercadorias, com predominância para minérios e combustíveis, e a gestão do terminal mineiro do porto do Lobito.
O transporte de passageiros e de pequenas cargas permanecerá sob gestão do Caminho-de-Ferro de Benguela.
A reactivação do Corredor do Lobito insere-se nos esforços do Executivo angolano de reforçar a integração regional e materializar os compromissos da sub-região, apontando para a possibilidade futura da interligação Atlântico-Índico, com a conexão da via-férrea ao Porto de Dar-es-Salaam, na Tanzânia.
“A operação do Corredor do Lobito envolve investimentos adicionais ao longo do percurso férreo Lobito / Benguela / Luau, incluindo, por um lado, a integração da via-férrea contígua do outro lado da fronteira, na República Democrática do Congo, e, por outro, a construção de um ramal para a República da Zâmbia”, salientava-se aquando da abertura das propostas.
Até ao momento, o Corredor do Lobito já beneficiou de obras de requalificação aliadas em cerca de 1,9 mil milhões de dólares, a cargo do erário público angolano.