O consórcio da Mota-Engil será o virtual vencedor do concurso para o primeiro troço da linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa, a confirmar-se o afastamento do outro concorrente, liderado pela espanhola Sacyr.
Nem o Governo, nem a Infraestruturas de Portugal anunciaram ainda os candidatos à construção do troço Porto – Oiã da linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa. O Ministério das Infraestruturas limitou-se a anunciar a existência de duas propostas. A Mota-Engil confirmou ter apresentado uma. E de Espanha veio a notícia de que a Sacyr teria feito o mesmo.
A novidade, porém, é que, de novo segundo a imprensa económica do país vizinho, a proposta do consórcio (UTE) liderado pela Sacyr (e que incluiria também a DST e a Alberto Couto Alves) não terá sido validada na plataforma electrónica.
A ser assim, e se nada de anormal acontecer, o consórcio nacional da Mota-Engil (com a Teixeira Duarte Casais, Conduril, Gabriel Couto, Alves Ribeiro e Lineas) “já ganhou” a concessão do primeiro troço de Alta Velocidade portuguesa.
Ainda de acordo com a imprensa económica espanhola, outras construtoras ter-se-ão interessado pelo concurso português, mas retraíram-se duvidando das condições financeiras do projecto. Todas elas poderão, no entanto, voltar a interessar-se assim seja lançado o concurso para o segundo troço – Oiã – Soure – que completará a primeira fase da nova linha. O que deverá acontecer ainda este mês.
No caso do Porto – Oiã, recorde-se, está em causa a “concessão, por 30 anos, da linha de Alta Velocidade Porto (Campanhã)-Oiã, com duas fases: Desenvolvimento, com 5 anos, para concepção, projecto, construção e financiamento da infra-estrutura; Disponibilidade, com 25 anos, para manutenção e disponibilização dos activos. Tem 71 km de extensão, via dupla de bitola 1668 mm para passageiros e velocidade máxima de 300 km/h, visando um tempo de percurso directo Porto-Lisboa próximo da 1h15. Inclui uma ponte rodo-ferroviária sobre o Douro, ligações à Linha do Norte, em Canelas, com 17 km de extensão, a adaptação da Estação de Campanhã, uma nova estação em Santo Ovídio, Vila Nova de Gaia, subterrânea, e uma subestação em Estarreja. Não inclui a manutenção do edifício de passageiros, interface e estacionamento das estações de Campanhã e Santo Ovídio, da via e catenária da Estação de Campanhã, das partes não estruturais do tabuleiro rodoviário da ponte sobre o Douro e dos AMV a instalar na Linha do Norte, que transitam para a IP com a sua receção”.
O concurso tem um valor de 1,66 mil milhões de euros, a que se podem somar 480 milhões de euros de fundos europeus, perfazendo assim 2,14 mil milhões de euros.
É obrigatório que a nova TTT tenha em conta o fato de os transatlânticos de passageiros e os super contentores de mercadorias, com alturas das suas chaminés entre 40-50-60 metros de altura, não vão impedir a passagem destes debaixo da ponte , está em causa a circulacão frente ao terminal cruzeiros !
Oxalá a MOTA-ENGIL consiga também vencer , construir e explorar o segundo troço da AV entre Porto e Lisboa, assim como a nova TTT e o NAL – novo aeroporto de Lisboa, vai ser impossível com tanta concorrência de ” NUESTROS HERMANOS” ?