O desenvolvimento da condução autónoma, com recurso à inteligência artificial, poderá dizimar a maioria dos postos de trabalho dos motoristas do transporte rodoviário de mercadorias, sobretudo no longo curso, conclui um estudo da Casa Branca.
De acordo com o estudo, intitulado “Artificial Intelligence, Automation, and the Economy”, o desenvolvimento dos veículos autónomos é “um exemplo útil dos efeitos que a inteligência artificial pode ter na produtividade e no mercado de mão-de-obra”.
De um total de cerca de 3,7 milhões de motoristas profissionais registados nos EUA, entre 2,2 milhões e 3,1 milhões terão o seu emprego ameaçado, ou as suas funções significativamente alteradas pelo desenvolvimento da condução autónoma, sustenta o estudo.
A situação será particularmente grave no caso do transporte de longo curso, onde poderão desaparecer 80-100% dos quase 1,7 milhões de motoristas de pesados (+12 toneladas) de mercadorias.
Já no caso das operações de distribuição urbana, o impacte dos veículos autónomos será mais reduzido, prevendo o estudo o fim 20% e 60% dos mais de 800 mil postos de trabalho de motoristas existentes.
O estudo realizado sob os auspícios da Presidência dos EUA não avança um horizonte temporal para esta quase extinção da profissão de motorista de transporte de mercadorias, admitindo que poderá demorar anos ou décadas, considerando o desfasamento temporal entre o desenvolvimento da tecnologia e a sua generalização.
O estudo não considera o potencial de criação de emprego do desenvolvimento e generalização da tecnologia de condução autónoma.