A extensão da concessão do porto de Maputo à MPDC por 25 anos deverá aportar mais de oito milhões de dólares em rendas, dividendos e impostos diretos à economia moçambicana, prevê o governo.
A adenda ao contrato de concessão do porto de Maputo até 13 de Abril de 2058 (25 anos mais, a partir de 2033) foi hoje assinado na capital moçambicana pelo ministro dos Transportes e Comunicações, Amilton Alissone, e por representantes da MPDC.
Como contrapartida do prolongamento do contrato, a concessionária deverá investir mais dois mil milhões de dólares no porto de Maputo e aumentar a movimentação de mercadorias, com isso permitindo a criação de mais de mil empregos directos e 5 000 indirectos.
Já nos próximos três anos, a MPDC prevê investir 600 milhões de dólares, no aumento da capacidade de movimentação de contentores (de 170 mil para 530 mil TEU/ano), carga geral (de 10 para 13 milhões de toneladas) e carvão (de sete para 12 milhões de toneladas).
Até ao final da concessão, a capacidade do porto da capital de Moçambique deverá crescer para 54 milhões de toneladas, com o terminal de contentores a atingir o millhão de TEU/ano, o Terminal de Carvão da Matola os 18 milhões de toneladas e ao Terminal de Carga Geral os 13,6 milhões de toneladas.
O movimento de mercadorias deverá passar dos actuais 26,7 milhões de toneladas, em 2023, para 50,9 milhões de toneladas, em 2058.
Em recentes declarações à “Lusa”, o o director executivo da MPDC, Osório Lucas, lembrou que desde 2003 foram investidos cerca de 900 milhões de dólares na modernização da infra-estrutura portuária, com isso aumentando de 17 para para 37 milhões de toneladas a sua capacidade. No ano passado foram ali movimentados 31 milhões de toneladas.
A Sociedade de Desenvolvimento do Porto de Maputo (MPDC) é uma joint-venture entre os Caminhos de Ferro de Moçambique (CFM) e a Portus Indico (esta constituída pela sul-africana Grindrod, a DP World e a Mozambique Gestores).