A MSC e a Lufthansa já não vão comprar a ITA Airways. O governo italiano prefere a proposta do consórcio Certares, Delta Air Lines e Air France-KLM.
O Executivo de Roma justifica a escolha dizendo que a oferta do consórcio transatlântico “foi considerada mais alinhada com os objectivos fixados”. Em jeito de resposta, a Lufthansa mantém que “do nosso ponto de vista, a nossa oferta com a MSC era e continua sendo a melhor solução” para a ITA Airways, mas que o governo optou pela proposta que permitirá “uma maior influência do Estado” na companhia.
A partir daqui inicia-se um período de negociações exclusivas. A ideia será fechar o negócio depressa, antes das eleições italianas de 25 de Setembro. Mas no comunicado hoje emitido, o governo garante que “a assinatura dos acordos vinculantes será feita apenas na presença de conteúdos plenamente satisfatórios para o accionista público”.
A Certares Management é uma private equity dos EUA com forte presença no sector aéreo. A proposta para a ITA Airways prevê uma parceria comercial com a Air France-KLM (que já foi accionista da Alitalia) e a Deltas Air Lines, parceiras na SkyTeam.
Segundo a imprensa transalpina, a proposta que agora será negociada prevê que o Estado italiano mantenha uma posição de 40% no capital da empresa, ocupe dois dos cinco lugares na administração e tenha poder de veto em algumas decisões.
A Air France já disse. entretanto, que não comprará qualquer participação de capital na ITA Airways. Até porque continua impedida de o fazer enquanto não devolver toda a ajuda pública que recebeu por causa dos efeitos da pandemia.
O Estado italiano detém 100% da ITA Airways, criada na sequência da falência da Alitalia, que deixou de operar em Outubro de 2021.