A redução da velocidade comercial dos navios pode estar de volta ao transporte de contentores. A MSC e a Maersk Line admitem fazê-lo para baixar os consumos e aumentar a fiabilidade dos serviços.
Os dados da S&P Global Platts confirmam a escalada do preço do bunker. O custo médio da tonelada métrica de IFO380, que era de 394 dólares (336,3 euros) em Janeiro, subiu de forma constante até atingir, na passada semana, 450,5 dólares (384,6 euros).
“O custo do combustível e as vantagens de reduzir as emissões atmosféricas relacionadas estão entre os factores” a motivar a opção pelo slow steaming, afirmou um porta-voz da MSC.
“A iniciativa é impulsionada pela necessidade de se tornar mais fiável e pontual, o que é um problema para todo o sector”, acrescentou a mesma fonte.
A velocidade mais lenta, segundo o mesmo responsável, leva a horários mais realistas e a evitar o congestionamento nos portos quando os navios param para abastecer. “O horário é frequentemente afectado pelo congestionamento dos portos e, quando não estão sincronizados, é necessário aumentar a velocidade dos navios, usando mais combustível para recuperar os atrasos”, indicou.
A Maersk, que é parceira da MSC na 2M Alliance, alinha pelos mesmos pensamentos. “A fiabilidade, na indústria e na Maersk Line, é mais baixa do que pretenderíamos e há muitas alavancas que uma companhia de navegação pode mexer para aumentar a pontualidade e a eficiência”, indicou a companhia.
“Isso inclui a supressão de escalas, a redução de velocidade e o adicionar navios a um serviço. Estamos constantemente à procura de formas de melhorar a nossa rede, tornando-a mais eficiente e orientada para o cliente”, acrescentou o comunicado da Maersk.