A MSC Entroncamento notificou a Autoridade da Concorrência (AdC) da compra do TVT, seu vizinho em Riachos. O negócio foi formalizado em Março passado.
O negócio, avaliado em dez milhões de euros, valor que ninguém confirma, permitirá à MSC Entroncamento transferir-se para o TVT, libertando as actuais instalações para serem as oficinas de manutenção e reparação do material circulante da Medway, a operadora ferroviária (ex-CP Carga) também controlada pelo grupo MSC.
Tudo aponta, por isso, que a operação de concentração (que, na prática, não o será) será aprovada sem reservas pela AdC.
O TVT, recorde-se, foi o primeiro terminal de “nova geração” (ao tempo) criado em Portugal por investidores privados. A verdade é que, apesar das suas potencialidades, a infra-estrutura teve dificuldades em afirmar-se no mercado. O ter entretanto passado para a esfera do Grupo Lena, sem histórico nem know-how na actividade, também não ajudou.
O TVT ocupa uma área de mais de 200 mil metros quadrados, contígua à Linha do Norte, dispondo de um feixe de três linhas, uma das quais com 750 metros de comprimento. Dispõe ainda de uma vasta área para parqueamento de contentores, áreas cobertas para armazenamento e processamento de cargas, zona de parqueamento seguro para camiões, zona de escritórios e, muito importante, zona alfandegada com posto aduaneiro público do Tipo A.
O MSC Entroncamento nasceu como terminal rodo-ferroviário, no âmbito da estratégia da MSC de captar e distribuir fluxos de contentores dos seus serviços marítimos em Sines. A intenção era, mesmo, mais ambiciosa, projectando-se como um pólo aglutinador da instalação de outros operadores logísticos e indústrias, o que não veio a verificar-se.
Com a compra pela MSC Entroncamento, o TVT poderá, enfim, dar um grande salto em frente. E a MSC disporá no Entroncamento de condições óptimas para implementar o negócio de reparação e manutenção dos equipamentos da Medway, frustrada que foi a parceria com a EMEF.
Parabéns outra vez a Carlos Vasconcelos o histórico 2cérebro” da MSC que substituiu a CP carga em boa hora salvando o negócio tão importante para Portugal
“cérebro”