Pelo terceiro ano consecutivo, a MSC subiu no “top 10” dos maiores poluidores europeus elaborado pela Transport & Environment (T&E).
A MSC volta a estar na mira da T&E por causa das emissões poluentes dos seus navios. No ranking relativo a 2020, a companhia helvética volta a subir, agora da sétima para a sexta posição, com um total estimado de 10,9 milhões de toneladas de CO2 emitidas.
As centrais a carvão alemãs e polacas monopolizam o “top 10” da T&E relativo a 2020. A MSC é a única outsider, tendo saído do ranking a Ryanair, que em 2019 ocupava a oitava a posição.
Comentando os resultados obtidos, Jacob Armstrong, Shipping Officer na T&E criticou a performance da MSC como sendo “emblemática de uma indústria que não paga um cêntimo pelo que polui. Que um transportador marítimo supere centrais a carvão demonstra que o “businessc as usual” não é solução. Precisamos de um mercado europeu de emissões que faça o shipping pagar por todas as suas emissões”.
Este relatório da T&E surge poucos dias antes da data prevista (14/7) para a Comissão Europeia apresentar a sua proposta de inclusão do shipping no sistema de comércio de emissões e de Regulamento de Combustíveis Marítimos.
No ano passado, quando foi conhecido o ranking relativo a 2019, a MSC rejeitou o estatuto de grande poluidor e contestou a metodologia, assumindo-se, outrossim, como uma campeã da descarbonização.-
Na altura, a MSC sublinhou que apenas 40-45% das suas emissões poluentes aconteciam na Europa (ao invés do que acontece, por motivos óbvios, com as centrais a carvão), e defendeu que uma “análise correcta” deveria também considerar que, no espaço de um ano, a companhia reduziu em 2,5% as emissões de CO2, tal como comunicado ao sistema europeu de Reporte, Monitorização e Verificação (MRV, na sigla em inglês).