My Ferry Link é o novo nome da SeaFrance. A companhia adquirida pela Eurotunnel, voltará a operar na Mancha a partir de meados de Agosto e quer ganhar uma quota de mercado de 8%.
A escolha do nome é justificada pelos novos responsáveis com o facto de a maioria dos clientes serem britânicos. No entanto, o centro das operações manter-se-á em França, onde estarão sedeados 520 trabalhadores, contra apenas 70 no Reino Unido.
De momento, os três navios da companhia – o Berlioz, o Rodin e o Nord/Pas de Calais, estão em Dunquerque para trabalhos de manutenção.
O Berlioz e o Rodin realizarão quatro rotações completas diárias entre Calais e Dover, enquanto o Nord/Pas de Calais ficará reservado ao transporte de mercadorias. O objectivo da empresa é atingir uma quota de mercado de 8%. A SeaFrance controlava 18% mas operava com seis navios.
A compra da SeaFrance pela Eurotunnel está entretanto a ser avaliada pelo britânico Office of Fair Trading, que deverá decidir se o negócio terá de passar, ou não, pelo crivo da Autoridade da Concorrência.
Em causa está o facto de a Eurotunnel deter uma quota de 40% no tráfego na Mancha, entre Calais e Dover. A que se somariam as operações da ex-SeaFrance.
A Eurotunnel rejeita, no entanto, essa leitura dos factos e insiste em que o seu único papel no negócio da My Ferry Link é alugar os navios à cooperativa de trabalhadores. Tudo o mais, garante, é da exclusiva responsabilidade da cooperativa.
“Se a Eurotunnel quiser aumentar a sua quota de mercado, pode fazê-lo aumentando a frequência dos seus shuttles [ferroviários]”, sublinhou Jean-Michel Giguet, o novo homem-forte da My Ferry Link, citado pelo “Lloyd’s Loading List”.