Apesar da pandemia, a Mystic Cruises, de Mário Ferreira, mantém o plano de investimentos. O terceiro navio (de seis) já está em provas de mar, em Viana do Castelo.
O terceiro de seis paquetes encomendados pela Mystic Cruises à West Sea, em Viana do Castelo, já está em testes de mar, informou anunciou a empresa de Mário Ferreira, que este ano pagou 110 milhões de euros àqueles estaleiros.
Apesar da “incerteza” causada pela pandemia de Covid-19 o plano de investimento da Mystic Cruises na construção naval continua inalterado por considerar que o segmento dos cruzeiros internacionais de luxo vai crescer “exponencialmente” no próximo ano, avançou o empresário à “Lusa”.
“Foi-nos possível manter estes processos devido a um planeamento e esforço financeiro rigorosos. Mantivemos os 110 milhões de euros previstos de construção naval em Viana do Castelo para o ano 2020, suportando assim um tão vital sector da economia portuguesa”, destacou.
Mário Ferreira disse acreditar que “no sector dos cruzeiros, as embarcações mais pequenas serão as primeiras a ter maior procura porque os clientes vão procurar, cada vez mais, menos multidões e não vão querer viajar em navios com cinco mil passageiros, preferindo aqueles que têm capacidade para menos de 200″.
A Mystic Cruises tem actualmente em Viana do Castelo três navios, dois acabados e um em fase final, e um “quarto a entrar na doca para ser montado”, destacou.
O World Explorer começou a operar em Agosto de 2019 e parou em Abril passado, devido à pandemia de Covid-19; o Word Voyager deveria começar ainda este mês, mas viu cancelada uma expedição para o mercado alemão, prevendo-se que a primeira viagem ocorra agora em meados de Setembro. Já o World Navigator deverá começar a operar no verão do próximo ano.
“Os blocos do quarto navio já estão quase todos feitos. Em Setembro, vai começar a ser montado dentro da doca. O quinto está na fase de corte, seguindo-se o último”, adiantou.
Além dos três paquetes, Mário Ferreira tem em Viana do Castelo um barco-hotel construído para o Douro. “Nem sequer foi estreado. É o navio mais luxuoso construído para o Douro, que era para ter começado a operar em Abril, e nem sequer saiu, nem vai sair de Viana do Castelo. Não vai ser utilizado este ano”.