Depois de Guipúzcoa, Navarra, outra província espanhola com fronteira com França, pretende avançar com a cobrança de portagens aos camiões.
As estradas em que Navarra pretende introduzir portagens são vias de alta capacidade actualmente não concessionadas. É o caso da A-10 (Autovía de la Barranca-Irurzun/Alsásua), da A-15, Autovía de Leitarán Irurzun-Andoain), da N-121-A (Pamplona-Behovia), da A-1 (Autovía del Norte Ciordia/Alsásua) e da A-68 (Autovía del Ebro Castejón-Cortes).
De acordo com as autoridades da província, as portagens serão uma alternativa para financiar obras urgentes nos próximos anos, como a duplicação dos túneis de Belate e Almandoz (exigida pela União Europeia) e a conversão da N-121-A numa estrada 2+1 , bem como a manutenção dessas cinco estradas.
Uma empresa pública ficará encarregada de administrar essas cinco vias de alta capacidade, mas a operação ficará fora do perímetro de consolidação do sector público, ou seja, a sua actividade não contará para o défice ou endividamento da administração regional.
Embora os números apresentados sejam de natureza meramente indicativa, uma vez que dependem de diferentes variáveis, como a evolução do tráfego de pesados, os preços das portagens ou o custo de implantação do sistema de portagens, as receitas estimadas serão de 45 milhões de euros por ano.
As autoridades locais de Navarra já pretenderam lançar portagens para pesados de mercadorias em Janeiro de 2018, mas o Parlamento da província chumbou essa intenção, numa votação de Outubro de 2017.
Em Navarra, existem três outras estradas de alta capacidade que estão sob concessão. São elas a AP-15 Pamplona-Tudela (concessionada à até 2029), a A-12 Autovía del Camino Pamplona-Logroño (concessão prevista para terminar em 2032) e a A-21 Autovía del Pirineo Pamplona-Huesca (cuja reversão para a administração regional ocorrerá em 2039).