Depois do pico de Maio, a frota de navios porta-contentores inactivos reduziu na primeira semana de Junho, com mais navios a serem fretados, indica a Alphaliner.
Os operadores do transporte marítimo de contentores que previram que Maio seria o pico da crise de procura do sector podem ter acertado. O mais recente relatório da Alphaliner indica, com efeito, que a frota inactiva de porta-contentores já atingiu o ponto mais alto e que houve uma subida na actividade de fretamento de navios.
Os dados da Alphaliner revelam que a frota de porta-contentores inactivos atingiu um pico no final do mês passado e desde então – até 8 de Junho – diminuiu 110 mil TEU, para 521 navios, com uma capacidade conjunta de 2,61 milhões TEU. A Alphaliner prevê que essa tendência de queda continuará no futuro próximo, à medida que as companhias retomem os serviços suspensos e restabeleçam outros que, inicialmente, estavam previstos serem anulados.
No mercado de fretamento de navios, a consultora indica subidas, especialmente nas embarcações de maiores dimensões e no segmento panamax clássico. “A procura por unidades VLCS de 7 500 TEU ou mais, que havia desaparecido por completo no auge da crise da Covid-19, voltou com estrondo, com um número recorde de contratos concluídos nas últimas duas semanas”, indica o relatório. Também a procura por panamaxes clássicos de 4 000-5 299 TEU aumentou de forma acentuada.
Este crescimento não logrou, porém, aumentar os preços dos fretamentos, que são ainda 40% a 50% mais baixos do que antes do início da pandemia, de acordo com a Alphaliner.