Reconhecida por apostar apenas em camiões a hidrogénio, a Nikola Motors anunciou que irá, também, oferecer versões eléctricas a bateria dos seus modelos Nikola Two e Nikola Tre para o transporte de curta distâncias.
Os primeiros modelos da Nikola (One e Two) são esperados em 2021 e a versão europeia Tre (três em norueguês) entre 2022 e 2023. A inclusão de oferta eléctrica a bateria é vista como uma forma de responder à procura do mercado e de minorar o problema da falta de oferta da rede de estações de hidrogénio, tanto na Europa como nos EUA.
O fabricante garante, no entanto, que mantém a aposta no hidrogénio. “Isto não é de forma alguma um abandono do hidrogénio, de que as encomendas permanecerão 50 vezes mais fortes que as dos eléctricos a bateria. A versão a hidrogénio será mais leve e mais barata para missões de longo curso, mesmo levando em conta o custo do reabastecimento. As versões a baterias são dedicadas apenas ao transporte de curta distância como centros urbanos, bem como missões onde o peso não é importante”, justifica, em comunicado, Trevor Milton, o patrão da Nikola Motors.
Hidrogénio com dobro de autonomia
Os modelos Two (para o mercado norte-americano) e Tre (mercado europeu) terão baterias de 500 kWh, 750 kWh ou 1 mWh. Serão capazes de transportar 36,2 toneladas de mercadorias (com base na classe 8 dos EUA) e consumirão 2,25 kWh por milha. Isso garante uma autonomia de 640 km (480 km com tempo frio) com a bateria maior.
Para o longo curso, a Nikola Motors recomenda as versões a hidrogénio, com um peso mais baixo em 2,2 toneladas, graças às baterias mais leves. O consumo médio de combustível do modelo One (cabina nocturna dos EUA) com célula de combustível é de 7-10 kg por milha (dependendo das condições climatéricas). A autonomia aproxima-se dos 1 300 km.