O movimento de contentores está a crescer mais nos portos do Norte da Europa do que nos do Mediterrâneo, acentuando o desequilíbrio existente. No primeiro trimestre, os portos nacionais estiveram melhor que os maiores europeus.
Afinal, os portos do Norte da Europa não só não estão a perder terreno para os seus concorrentes do Sul, como até estão a conseguir capitalizar melhor a recuperação da actividade de transporte marítimo de contentores. Pelo menos assim aconteceu no primeiro trimestre, considerando os números divulgados pelos principais portos.
Juntos, os quatro maiores portos europeus em contentores, todos do Norte da Europa, movimentaram 8,6 milhões de TEU entre Janeiro e Março deste ano. Mais cerca de 15% que os 7,5 milhões verificados no período homólogo de 2010.
No Mediterrâneo, os cinco maiores portos atingiram no primeiro trimestre deste ano os 3,4 milhões de TEU, ficando perto de um crescimento de 10% em termos homólogos.
A Norte, Roterdão avançou 10% para os 2,9 milhões de TEU (e só em Março fez um milhão de TEU – um recorde); Antuérpia subiu 8% para os 2,2 milhões de TEU (e com isso segurou o segundo lugar no ranking europeu); Hamburgo galgou 18% até aos 2,1 milhões de TEU (e ficou muito perto de recuperar o posto que perdeu há três anos); e Bremen “disparou” 25% para os 1,4 milhões de TEU.
A Sul, Valência superou a fasquia do milhão de TEU, tendo crescido 8%, ao passo que Gioia Tauro avançou 11% para os 722 mil TEU. Algeciras destoou, com uma quebra de 9% até aos 672 mil TEU. Barcelona destacou-se com um aumento de 23% para os 536 mil TEU e Génova chegou aos 450 mil TEU (mais 10%).
Numa outra dimensão, os portos portugueses no seu conjunto conseguiram fazer melhor que a “concorrência” no primeiro trimestre, com um aumento de 16% na actividade de contentores e um registo de 387 mil TEU.