A nova rede de autocarros da Área Metropolitana do Porto (AMP), baptizada de UNIR, deverá começar a operar em Outubro.
“Neste momento, tudo leva a crer que no mês de Outubro (…) tenhamos tudo pronto, em todos os lotes, para arrancar” avançou esta sexta-feira, aos jornalistas, o presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues no final de mais uma reunião do Conselho Metropolitano.
Desde 1 de Maio que decorre o período de transição de seis meses para a implementação da nova rede, que se seguiu ao recebimento do visto do Tribunal de Contas aos contratos dos cinco lotes postos a concurso, englobando 16 dos 17 municípios da AMP (no Porto, a STCP continuará a operar em exclusividade).
Em causa está o concurso público de 394 milhões de euros que acaba com um modelo de concessões linha a linha herdado de 1948 e abrange uma nova rede uniformizada de 439 linhas, incluindo bilhete Andante.
Quanto à contratação de motoristas, Eduardo Vítor Rodrigues disse que “há realidades um pouco diferentes”, com lotes onde “a situação está muito estabilizada e há uma transferência quase total de trabalhadores”, e outros onde as empresas que operam actualmente no transporte urbano passarão para o segmento turístico, mantendo os motoristas.
Reconhecendo que os motoristas de pesados de passageiros “são um bem escasso” neste momento, o líder da AMP descartou qualquer “despedimento colectivo de motoristas” na transição entre operadores.
Relativamente à criação de uma empresa metropolitana de transportes para gerir a rede, Eduardo Vítor Rodrigues salientou a importância de ter “uma visão integrada” quer “na bilhética, quer na operação”.
“Na verdade o ideal era que já estivesse criada”, frisou o autarca, manifestando a expectativa de que “na reunião de Julho [do Conselho Metropolitano], isso seja deliberado“.
Para Eduardo Vítor Rodrigues, “o principal problema da qualidade de vida na área metropolitana – além, claro, da pobreza e do desemprego – é claramente a questão dos transportes públicos [rodoviários que] estão num processo de degradação intencional, fruto de empresas que agora aproveitam para se vingarem nos clientes de terem perdido o concurso”.
Onde a se encontra mapa da rede,horários e valor de passe Andante?
Os munícipes não deveriam já ter acesso a essa informação?