Apesar da crise, a construção do novo aeroporto de Lisboa (NAL) em Alcochete poderá avançar, mas sem utilização de dinheiros públicos, impôs a “troika” ao Governo.
Os termos precisos da medida não são ainda conhecidos, não se sabendo por isso, com exactidão, o que se deva entender por fundos públicos neste caso. Todavia, parece evidente que a intenção será forçar um maior envolvimento – e risco – dos privados no projecto do NAL.
O financiamento público da obra poderá, assim, resumir-se aos fundos comunitários que a ela sejam alocados. O Orçamento de Estado não deverá ser comprometido, e nem mesmo deverão ser prestadas garantias públicas ao financiamento dos privados.
Estas novas “regras”, a confirmarem-se, implicam mexer no desenho do negócio preparado para a concretização do NAL. A privatização da ANA, que se mantém nas previsões, ganha assim maior peso.
Ainda no sector do transporte aéreo, mantém-se a privatização da TAP, prevista para acontecer ainda este ano, não sendo certo qual a fatia do capital que será colocada no mercado.