O novo terminal de carvão do porto de Nacala-a-Velha, na província de Nampula, Moçambique, entrará formalmente em actividade na próxima sexta-feira, informoy a sociedade do Corredor Logístico Integrado de Norte (CLN).
Associada a este terminal de carvão está a linha de caminho-de-ferro que liga Moatize, na província de Tete, ao porto da costa do Oceano Índico com passagem pelo vizinho Malaui, numa extensão aproximada de 900 quilómetros.
A construção do terminal e da linha de caminho-de-ferro, iniciada em 2012, custou cerca de 4,5 mil milhões de dólares. No caso da ferrovia, foram construídos troços novos e reconstruídos outros, tanto em Moçambique como no Malaui, com os trabalhos a serem maioritariamente executados pela portuguesa Mota-Engil.
A linha é propriedade da sociedade Corredor Logístico Integrado de Norte (CLN), uma parceria entre as empresas Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM), Vale Moçambique, subsidiária do grupo brasileiro Vale, e Mitsui & Co, do Japão.
O “Notícias”, de Maputo, escreve que pelo menos 21 comboios circularão diariamente naquela linha, em intervalos de uma a duas horas.
O carvão extraído nas minas de Moatize tem como principais destinos os mercados do Brasil, China e Japão. Até à data foram exportados através de Nacala cerca de 6,5 milhões de toneladas. A meta é atingir os 18 milhões de toneladas por ano, correspondentes à capacidade instalada do porto e da linha de caminho-de-ferro.