Nuno Araújo vai deixar a liderança da APDL cumprindo apenas um mandato, que termina no final deste ano.
A notícia foi confirmada pelo próprio Nuno Araújo, num encontro promovido pela AGEPOR, na sua delegação de Leça da Palmeira, na semana passada, na qual o presidente da APDL foi o convidado de honra, apurou o TRANSPORTES & NEGÓCIOS.
Nuno Araújo sublinhou que nunca esteve tanto tempo numa mesma empresa como na APDL e garantiu que sai por vontade própria, pelo desejo de regressar à actividade privada, e não por qualquer falta de apoio do ministro da tutela (e seu amigo pessoal), Pedro Nuno Santos.
Nuno Araújo ascendeu à presidência do Conselho de Administração da APDL em meados de 2020, quando substituiu Guilhermina Rego.
A melhoria das acessibilidades marítimas do Porto de Leixões, a aposta na ferrovia e nos portos secos (com a assunção dos terminais da IP em Leixões e na Guarda), e o lançamento de projectos nas áreas das TI (com destaque para o anunciado data center) e da descarbonização (visando até a produção de energia) são algumas das marcas que ficarão do mandato.
Já a construção do novo terminal de contentores não arrancará sob a presidência de Nuno Araújo, mas tudo parece apontar para que, finalmente, estejam eliminados, ou em vias de o ser, os últimos entraves ao lançamento do concurso para a concessão.
Para o seu sucessor. o presidente da APDL deixará também a visão do que poderá ser o novo porto de Leixões, com um novo layout e capacidade acrescida nas valências existentes, que se manterão.
Com a saída de Nuno Araújo, todos os portos do continente, à excepção de Sines, terão novos líderes.