O que é um porto? Um Porto é um pólo de concentração de atividades, é um pólo de concentração de empresas, de economia, de logística, e é também um pólo que, no fundo, tem de cumprir a função de servir de interface entre a terra e o mar, mas depois vai muito além disso.
Inclui os serviços à carga e os serviços aos navios e depois ainda tem um conjunto de concentração de infraestruturas – de terraplenos, do cais, das acessibilidades marítimas, rodoviárias e ferroviárias -, mas também de concentração de superestruturas – equipamentos e também de software, de pessoas, de conhecimentos, de informação, de dados.
É uma concentração grande de atividades num mesmo local, uma concentração que tem também economia, tem empresas, tem as logísticas, tem indústrias, concentra à sua volta no hinterland outras empresas e atividades logísticas e de distribuição, que estão ligadas e utilizam o porto para a exportação e a importação de bens.
O porto concentra também outras atividades, que vão da náutica de recreio aos cruzeiros, às atividades de lazer, ou seja, é um pólo que cria valor, riqueza, cria emprego em diversos segmentos. Mesmo a construção naval, a pesca, a aquacultura,…
É um pólo que pode ter vários conflitos entre a carga, o lazer, o turismo, a proteção do ambiente. A população também procura os portos e o mar. Existem conflitos entre a náutica de recreio e a pesca, entre a cidade e os cruzeiros, entre a fauna e a flora e a carga e os terminais, as indústrias.
Também é um pólo onde se concentram a troca de conhecimentos entre as pessoas, é um pólo que tem de ser competitivo, que tem níveis de competitividade e tem de ter bons equipamentos, boas infraestruturas, boa formação, boa governação, para atrair cargas e navios, vida e riqueza.
É um pólo que pode ter vários conflitos entre a carga, o lazer, o turismo, a proteção do ambiente. A população também procura os portos e o mar. Existem conflitos entre a náutica de recreio e a pesca, entre a cidade e os cruzeiros, entre a fauna e a flora e a carga e os terminais, as indústrias.
Tudo isto tem conflitos que têm de ser geridos através da governação dos portos e através de conselhos, através de vários tipos de organizações, que incluem várias entidades: municipais, ambientais, industriais e económicas, portuárias, e que depois, no fundo, são quem define as grandes estratégias de desenvolvimento do porto, e que propõe ao governo e ao Estado, quando não se trata de um porto centralizado no Estado.
Isto tem de considerar as limitações e as necessidades de cada área e de cada setor e, portanto, as expansões de cada segmento e que, portanto, geram sempre conflitos. Até as próprias redes sociais também entram aqui com grande importância na decisão destas estratégias, cada vez mais.
Porto é uma zona de concentração de atividade, de conflitos, de criação de valor, para além de ser um centro de negócios, o porto é também um centro de logística que serve as empresas exportadoras e importadoras do hinterland, entrando em concorrência com outros portos da região que servem as mesmas empresas e necessidades, tendo de ser muito competitivo.
Aqui chegados importa perceber quem é o cliente do porto, que, afinal, são a carga e o navio, mais a carga no caso dos graneis e carga geral fracionada e mais o navio no caso dos contentores e do ro-ro.
Mas nestes, quem é cliente do porto?
É, afinal, quem decide qual o porto escolhido.
No caso da carga, pode ser o diretor do carregador, o chefe de logística do mesmo ou o transitário que decide pelo carregador.
No caso do navio, pode ser o diretor da linha, o comandante do navio, o agente de navegação que influencia, ou mesmo o diretor financeiro da linha que acaba com uma escala que não é rentável.
Estes devem ser influenciados pela competitividade e pela gestão do porto para este ser escolhido.
VÍTOR CALDEIRINHA