Representantes do governo Moçambique e da Thai Moçambique Logística assinaram os contratos de concessão para a construção da linha ferroviária que há-de ligar a região de Moatize a Macuse e do terminal carbonífero naquela localidade da Zambézia.
Confirma-se assim a notícia avançada há dias pelo TRANSPORTES & NEGÓCIOS, com base nas informações divulgadas pelos media moçambicanos, sobre a decisão do investimento em favor de um consórcio liderado por tailandeses, que terá apanhado de surpresa outros potenciais interessados.
A Thai Moçambique Logística é controlada a 60% pela Italian-Thai Development Company. Os restantes 40% estão divididos em partes iguais entre a Portos e Caminhos-de-Ferro de Moçambique (CFM) e a Codiza – Corredor de Desenvolvimento Integrado da Zambézia (em que participará também a portuguesa Mota-Engi).
A linha férrea a construir entre a região mineira de Moatize e o porto de Macuse terá uma extensão de 525 quilómetros, que comparam com os 578 quilómetros da Linha do Sena entre Moatize e o porto da Beira.
As obras de construção da via, e também do terminal carbonífero de Macuse, iniciar-se-ão em 2016 e prolongar-se-ão por cinco anos. O investimento rondará os cinco mil milhões de dólares, com financiamento tailandês.
A construção da nova linha é considerada essencial, uma vez que a produção de carvão em Moçambique deverá atingir os 100 milhões de toneladas/ano num horizonte de dez anos. A Linha do Sena, por exemplo, tem uma capacidade anual de 6,5 milhões de toneladas, que deverá subir para os 20 milhões cerca de 2015.