O porto de Setúbal poderá vir a acolher um investimento da Ocean Winds, JV da EDP Renováveis e Engie dedicada à energia eólica offshore
A APSS e a Ocean Winds assinaram um memorando de entendimento para avaliar a possibilidade de o porto de Setúbal acolher eventuais projectos de construção de equipamentos de energia eólica marítima. O ministro das Infraestruturas (que já foi secretário de Estado da Energia) homologou o acordo.
A Ocean Winds opera há mais de dois anos o Windfloat Atlantic, o primeiro parque eólico semi-submersível do mundo, em Viana do Castelo. A empresa, que desenvolve, constrói e já opera projectos eólicos em alto mar, de tecnologia fixa e flutuante, em sete países, pondera investir em Setúbal, pela sua localização e áreas disponíveis, além da inserção num forte tecido industrial.
Carlos Correia, presidente da administração portuária, destacou precisamente que o porto “pelas suas características naturais, pelas infra-estruturas existentes, pelos investimentos de melhoria realizados nos últimos anos, pelas áreas de expansão” tem “potencialidades para um forte desenvolvimento e crescimento nos próximos anos de suporte à transição energética com base em energias renováveis”.
Por seu turno, João Galambra, ministro das Infraestruturas, reforçou que “o aumento da produção de energia eólica em Portugal faz surgir a necessidade de infra-estruturas adequadas para armazenar, transportar e exportar essa energia, sendo aí que os portos portugueses têm um papel fundamental a desempenhar”.
E acrescentou que os portos “podem servir como bases de apoio para a construção e manutenção dos parques eólicos offshore, bem como, para a exportação da energia produzida e transporte da turbinas eólicas e outros equipamentos necessários”.