A proposta de Orçamento do Estado para 2020 prevê um investimento de 22 milhões de euros no Metro Mondego (SMM) no próximo ano.
De acordo com o documento, o investimento total previsto no Metro Mondego é de cerca de 85 milhões de euros, um valor próximo do que tem sido referido, “dos quais cerca de 26% serão executados em 2020”, prevê o Executivo.
“Foi encontrada uma solução de ‘metrobus’ eléctrico que aproveitará o investimento em infra-estruturas feito até ao momento e que se constituirá num troço urbano (Alto de São João/Coimbra e Linha do Hospital) e num troço
suburbano (Serpins/Alto de São João)”, recorda-se na proposta.
Segundo a proposta, as obras terão início em 2020, depois de concluída a contratação da primeira fase.
O Governo e a Infraestruturas de Portugal asseguraram este ano que o SMM começará a funcionar em 2021, de forma faseada.
A Metro Mondego (MM) foi criada em 1996, quando António Guterres (PS) era primeiro ministro, e dois anos após a publicação, pelo último Governo de Cavaco Silva (PSD), em 1994, do primeiro diploma a prever uma rede de metro para os municípios de Coimbra, Miranda do Corvo e Lousã.
A linha da Lousã foi encerrada em 2010 pelo Governo de José Sócrates (PS), que iniciou as obras para o metro ligeiro e que as parou depois por razões financeiras.
Com algumas diferenças, três movimentos criados para defender a modernização e electrificação da linha da Lousã, onde o comboio circulou durante 103 anos, desde 1906, têm convergido nas críticas a um processo de 25 anos em que, com aval de diversos governos, foram realizados 100 estudos e projectos.