Três anos volvidos, o oleoduto para abastecimento de combustíveis ao aeroporto de Lisboa vai de novo a concurso, talvez ainda este ano.
“O processo vai ter de ser repetido, temos celeridade no lançamento do novo concurso e, portanto, vamos ter de o fazer durante este ano”, disse o ministro do Ambiente e Acção Climática, Duarte Cordeiro, numa audição parlamentar, no âmbito da discussão na especialidade do Orçamento do Estado para 2022 (OE2022).
Então, uma greve dos motoristas de transporte de matérias perigosas ameaçou o abastecimento do aeroporto da capital (o aeroporto do Porto é alimentado por pipeline), tendo obrigado à realização de comboios de camiões escoltados pelas forças de segurança e ao recurso a motoristas das Forças Armadas para garantir o transporte dos combustíveis.
Agora, questionado sobre os moldes do novo concurso, Duarte Cordeiro esclareceu que “a estrutura será idêntica à que estava planeada”, sem no entanto explicar porque é que o processo terá de ser repetido.
Em 29 de Maio de 2019, Matos Fernandes anunciou que estava a ser avaliada juridicamente a candidatura por parte da CLC,(controlada pela Galp), a empresa responsável pela exploração do oleoduto entre Sines e Aveiras de Cima e também pela armazenagem e expedição de combustíveis na instalação de Aveiras de Cima, à construção do oloduto para o aeroporto de Lisboa.
Se a actividade fosse encarada como uma actividade de transporte, abria-se a possibilidade de negociar directamente com aquele interessado. Caso fosse entendida juridicamente como actividade de distribuição, teria de se avançar com um concurso público.