A ONE, que resulta da fusão das divisões de transporte marítimo de contentores das japonesas K Line, MOL e NYK, iniciou as operações no dia 1. Ontem, dia 2, as fundadoras injectaram três mil milhões de dólares em cash na empresa.
A K Line e a MOL detêm, cada uma, 31% de participação na ONE, enquanto a NYK fica com 38% do capital.
“Os activos destinados a contribuições em espécie serão transferidos a valor de mercado no futuro”, indica o comunicado emitido a propósito.
A ONE entrou directamente para o sexto lugar do rankind das maiores companhias de transporte marítimo de contentores. E poderá em breve ascender ao quinto posto, de acordo com os dados da Alphaliner.
Com uma frota de 232 navios e uma capacidade de 1,499 milhões de TEU, a ONE detém uma quota de mercado (em termos de oferta) de 6,8%. À sua frente está a Hapag-Lloyd, com uma quota de 7,3% (1,579 milhões e TEU). Mas enquanto a companhia germânica não tem encomendados nem planeia encomendar novos navios, a ONE tem contratadas nove construções, com uma capacidade agregada de quase 126 mil TEU.
A ONE arranca com uma oferta de 85 serviços, que servem mais de 200 portos em 100 países.
Em termos de organização de topo, a ONE está estruturada em cinco divisões regionais East Asia, South Asia, Europa e África, América do Norte e América Latina. Na escolha dos directores regionais, a MOL leva vantagem, com três executivos, enquanto a NYK e a K Line contribuem com apenas um cada.
E em Portugal?
A ONE já está operacional em Portugal, mas ainda nada se sabe oficialmente sobre a sua estrutura.
No site da companhia, e tal como o TRANSPORTES & NEGÓCIOS noticiou em tempo, apenas surge o nome da nova entidade, que será ONE Shipping, Unipessoal, Lda.
A K Line era a única das três operadoras com uma presença directa em Portugal (numa parceria com o Grupo Garland).