A Orient Overseas (International) Limited (OOIL), holding da Orient Overseas Container Line (OOCL) registou os piores resultados desde 2009. A companhia continua, porém, confiante em que o plano de recuperação será bem-sucedido, não obstante a crescente especulação de que a OOCL será vendida.
A OOIL registou, em 2016, um prejuízo líquido de 219,1 milhões dólares (205,3 milhões de euros), no que o presidente da companhia, CC Tung, descreve como “um dos mercados mais difíceis da história da indústria”.
“Uma combinação de crescimento estável mas baixo na maioria das regiões e um excesso de oferta acumulada nos últimos anos levou a condições extremamente desafiantes em muitas rotas na maior parte de 2016”, indica Tung, citado no relatório e contas da OOIL.
“Como os preços dos combustíveis subiram na segunda metade do ano, o desempenho da indústria foi fortemente afectado pelos preços dos fretes que frequentemente baixaram dos níveis observados em 2009”, acrescenta o executivo.
No início do próximo mês, a OOCL juntar-se-á à Cosco, à CMA CGM e à Evergreen na nova aliança Ocean Alliance. CC Tung salienta que a aliança é fundamental no cenário de difíceis condições de negociação do sector dos transportes marítimos.
“Nestes tempos turbulentos, com a consolidação da indústria ocorrendo a um ritmo que poucos, se é que alguém, esperavam, a OOCL continua a construir o seu futuro nos pilares de aliança e na operação eficiente dos navios mais apropriados para cada rota”, indica Tung.
Os preços das acções da OOIL atingiram um pico em Janeiro último, após relatos de uma possível aquisição por parte da Cosco ou da CMA CGM. A companhia cotada em Hong Kong negou, porém, essas notícias de forma veemente.