Com a OPA hoje iniciada, a Volkswagen quer ganhar o controlo da MAN para avançar depois com a fusão com a Scania. No limite, o investimento poderá superar os nove milhões de euros.
A contrapartida oferecida, de 60 euros por acção ordinária e de 95 euros por acção preferencial sem voto avalia a MAN em cerca de 14 mil milhões de euros mas fica abaixo da cotação de mercado. O que deixa perceber que a VW não quererá comprar todas as acções da MAN mas apenas aquelas que lhe permitam “impor” uma aproximação com a Scania.
A VW detém actualmente 30,47% do capital da MAN (e por isso teve de lançar a OPA geral) e 45,66% do capital e 70,94% dos direitos de voto da Scania. A MAN, por sua vez, controla 13,35% do capital e 17,37% dos direitos de voto da Scania.
Juntas, a MAN, a Scania e a divisão de veículos comerciais da VW constituirão o maior produtor europeu de comerciais.
“O negócio dos veículos comerciais é muito atractivo para nós. Agora queremos estreitar a cooperação entre a MAN a Scania e a Volkswagen e gerar sinergias que beneficiem os accionistas”, referiu o presidente da Volkswagen aquando do anúncio da OPA.
A estratégia da VW para o negócio dos veículos comerciais passa por manter as três marcas independentes, desenvolvendo as sinergias a montante e a jusante da cadeia de valor.
A OPA sobre a MAN iniciou-se hoje e terminará no próximo dia 29 de Junho.