Com o eternizar das greves dos estivadores, agentes de navegação, transitários, transportadores rodoviários de mercadorias e despachantes oficiais dizem-se forçados a procurar soluções “que infelizmente não passam pelo porto de Lisboa”.
A situação que se vive no porto da capital desde 2012 “coloca em risco a sustentabilidade das empresas da cadeia logística” que ali operam, sublinham, em comunicado, a Agepor, Apat, Antram e CDO. E os armadores “parecem ter-se cansado, perdendo de vez a confiança no porto de Lisboa”, alertam.
Nestas condições, dizem, insistir em operar em Lisboa, “será contribuir e mesmo fomentar a manutenção de um status quo” que entendem “contrário aos interesses do país”. E daí que se digam “na contingência de optimizar todas as soluções possíveis, por forma a minorar os prejuízos das empresas suas associadas, garantindo às empresas exportadoras e ao tecido económico nacional outros caminhos, que infelizmente não passam pelo porto de Lisboa”.
O comunicado conjunto da Agepor, Apat, Antram e CDO surge depois a AOPOL (Associação de Operadores do Porto de Lisboa) ter denunciado, também em comunicado, a quebra brutal na movimentação de contentores, consequência da redução de 45% no número de escalas previstas entre Julho e Dezembro.
Já hoje, a Administração do Porto de Lisboa denunciou, em nota de imprensa, os efeitos do conflito laboral na credibilidade do porto “junto dos principais armadores e operadores de transporte marítimo mundial” e apelou “fortemente à consolidação das relações laborais e a um compromisso entre todos os agentes económicos”.