Reunidos em plenário, os trabalhadores portuários de Lisboa aprovaram, por unanimidade, o acordo entre o sindicato e os operadores que coloca termo a semanas de greves.
O acordo prevê a reintegração na Empresa de Trabalho Portuário (A-ETPL) de 47 trabalhadores dispensados no ano passado (18 efectivos e 29 eventuais).
Além disso, e segundo avançou António Mariano, presidente do sindicato, em conferência de imprensa, a Porlis, a nova empresa de trabalho portuário entretanto criada, não deverá contratar para além dos 21 trabalhadores que já tem nos seus quadros, e estes serão utilizados apenas como último recurso nas operações de carga/descarga na capital.
Ainda de acordo com o dirigente sindical, será de imediato retomada a negociação do novo Contrato Colectivo de Trabalho (CCT), que terá de estar firmado até Setembro próximo, e serão anulados todos os processos e penalizações intentados pelos operadores contra os trabalhadores portuários.
Previsto ainda no acordo estará um novo programa de formação de todos os trabalhadores da A-ETPL.
O acordo entre operadores e estivadores foi conseguido ao cabo de seis horas de reunião na sede do IMT, intermediada por João Carvalho e com a presença de um representante do IDC (International Dockworkers Council).