Cinco países do Leste garantiram cerca de 4,3 mil milhões, de um total de 6,7 mil milhões de euros, de apoios comunitários na segunda chamada do CEF. Atrás deles colocou-se Portugal.
À segunda chamada do Mecanismo Interligar a Europa (CEF, na sigla inglesa) apresentaram-se 406 projectos, com um volume de investimento elegível de 12,49 mil milhões de euros. O orçamento disponível – 6,7 mil milhões de euros – dá para apoiar apenas 195 candidaturas. Os países do Fundo de Coesão concentraram 85% daquele total, ou 5,6 mil milhões de euros.
Na verdade, esta segunda chamada do CEF, lançada em Novembro do ano passado, visava essencialmente os 15 estados-membros elegíveis para o Fundo de Coesão, isto é, os países que se encontram ainda mais distantes da média europeia em termos de desenvolvimento socio-económico: basicamente os ex-países do Leste, Malta e Chipre… e Portugal.
Uma oportunidade de ouro que foi aproveitada sobretudo por cinco países, e em particular pela Polónia, que à sua conta garantiu co-financiamentos de 1,9 mil milhões de euros para 17 projectos (sendo que 1,8 mil milhões se destinam já a obras). A Hungria garantiu 809,6 milhões de euros (16 projectos), a República Checa 589 milhões (26 projectos), a Roménia 519 milhões (11 projectos) e a Eslováquia 507,5 milhões (13 projectos).
Portugal, com 17 projectos aprovados, garantiu uma fatia de 423 milhões de euros. Sem surpresa, Malta e Chipre foram os países menos bafejados, com apoios de 200 mil e 800 mil euros para dois e três projectos, respectivamente.
Note-se que, de acordo com as regras do CEF, os países do Fundo de Coesão beneficiam de uma taxa de co-financiamento de 85%, contra os 20%-50% que são a regra para os demais estados-membros da UE, trate-se de estudos ou de obras.
Note-se também que esta terá sido a oportunidade de ouro para os países do Fundo de Coesão aproveitarem os fundos do CEF. Quer porque esta chamada lhes era particularmente dedicada, quer porque os fundos disponíveis caminham rapidamente para o fim. O orçamento do CEF para o período 2014-2020 é de 24,05 mil milhões de euros e com esta segunda chamada já ficarão comprometidos mais de 18 mil milhões de euros.