As obras de alargamento do Canal do Panamá estão suspensas. A Autoridade do Canal do Panamá quer reatá-las dentro de 15 dias, com ou sem o consórcio da Sacyr. As negociações estão suspensas mas continua a troca de propostas.
A conclusão das obras de alargamento do Canal do Panamá em 2015 pode estar em risco. Falta ainda executar cerca de 30% dos trabalhos. Das 16 comportas previstas, apenas quatro estão no Panamá. As restantes estão ainda em Itália, a maioria ainda em processo de fabrico. E falta dinheiro por causa de sobrecustos de 1,6 mil milhões de dólares.
As autoridades panamianas não fecham as portas a um entendimento mas insistem numa posição de força: aceitam esperar mais tempo para receber os 784 milhões de dólares que pagaram adiantado ao consórcio mas fazem finca-pé no cumprimento dos prazos de construção e no valor por que foi contratada a obra. Os sobrecustos terão, por isso, de ser dirimidos na comissão arbitral.
O administrador da ACP disse à “Reuters” que o Panamá está preparado para tomar conta da obra e terminá-la dentro do prazo previsto. O objectivo será reiniciar as obras dentro de 15 dias.
Do lado do consórcio, liderado pela espanhola Sacyr, insiste-se no pagamento dos sobrecustos da obra pela ACP, e também na moratória para devolver o dinheiro recebido adiantado, única forma, parece, de o consórcio conseguir libertar fundos para prosseguir os trabalhos.
No limite, já avisaram os responsáveis do GUPC, a questão poderá acabar nos tribunais.