Representantes do Parlamento Europeu e do Conselho Europeu alcançaram às primeiras horas de hoje um acordo informal sobre o Plano Juncker, que deverá permitir a sua aprovação no próximo 24 de Junho, no plenário da Eurocâmara.
José Manuel Fernandes, um dos negociadores em representação do Parlamento Europeu, classificou o resultado alcançado como uma “primeira batalha ganha”.
“Conseguimos reduzir os cortes globais nos programas Horizonte 2020 (investigação e inovação) e Ligar a Europa (CEF, programa de interligações de energia, transportes e redes digitais) em mil milhões de euros”, sublinhou.
A proposta inicial da Comissão previa desviar 2,7 mil milhões de euros do Horizonte 2020 e 3,3 mil milhões de euros do mecanismo europeu CEF para financiar o fundo de garantia de 16 mil milhões de euros do Plano Juncker.
O Plano Juncker, como é conhecido o Fundo Europeu de Investimentos Estratégicos proposto pelo presidente da Comissão Europeia em Novembro do ano passado, aposta em promover investimentos de 315 mil milhões de euros até 2017, financiados pelo BEI e, sobretudo, pelos privados.
Com o acordo hoje atingido, ficará aberto o caminho para a aprovação do Plano Juncker pelo plenário do Parlamento Europeu e para a sua implementação prática, que “irá contribuir para o crescimento e criação de emprego em toda a Europa”, nas palavras do eurodeputado José Manuel Fernandes.
Ao Plano Juncker poderão ser apresentados também projectos de investimento em infra-estruturas de transportes.