A fusão das chinesas Cosco e China Shipping Container Lines (CSCL) deverá receber a luz verde do governo de Pequim no fim do ano, de acordo com uma fonte próxima do processo citada pela “Lloyd’s Loading List”.
Após receberem a aprovação, os dois grupos e as respectivas subsidiárias começarão a reestruturar as dívidas, devendo o anúncio oficial da fusão ser feito no início de 2016.
Os analistas têm previsto que a fusão começará pelas unidades de transporte de contentores. A fonte da “Loyd’s” afirma, porém, que os dois conglomerados estatais chineses poderão efectuar em simultâneo a operação de fusão dos diferentes segmentos, incluído granéis, tanques, porta-contentores e portos.
A mesma fonte salientou, ainda assim, que a última palavra será de Pequim. “Há muitas dificuldades a resolver”, indicou.
As subsidiárias cotadas em Bolsa da Cosco e da CSCL suspenderam a negociação em Agosto, após o “ship.sh”, um portal de Xangai especializado em transporte marítimo, ter noticiado que os dois grupos tinham um plano de fusão. No dia 16 de Setembro, a suspensão de negociação em bolsa foi prolongada.
É esperado que as empresas de ambos os grupos voltem a negociar em Xangai e Hong-Kong até à próxima segunda-feira (16 de Novembro), conforme indicado em anteriores informações fornecidas por ambas ao mercado.
A acontecer, a fusão entre a Cosco e a CSCL criará o quarto maior operador mundial de transporte marítimo de contentores (em capacidade) e forçara rearranjos nas actuais mega-alianças, uma vez que a CSCL integra a Ocean Three (com a CMA CGM e a UASC) enquanto a Cosco participa na CKYHE (com a K Line, a Yang Ming, a Hanjin e a Evergreen).