Aumentar a quota da ferrovia no transporte de mercadorias, de 13% para 40%, até cerca de 2050, é um dos objectivos do Plano Ferroviário Nacional (PFN).
Para isso, o PFN assume melhorias substanciais da rede, desde logo, em resultado de investimentos previstos essencialmente para os serviços de passageiros. São os casos da libertação de capacidade no Corredor Norte – Sul com a construção da Linha de Alta Velocidade Porto – Lisboa, e da construção da Nova Travessia do Tejo no eixo Chelas – Barreiro, que eliminará restrições ao tráfego de mercadorias na região de Lisboa.
Mas as melhorias não se ficam por aí. O Plano Ferroviário Nacional propõe também a criação de corredores alternativos em todos os principais eixos preparados para comboios de pelo menos 600 metros, novos corredores internacionais pelo Algarve e por Trás-os-Montes, a reabertura da Linha do Alentejo entre Beja e Funcheira (para criar um acesso alternativo a Sines), e um corredor-piloto para comboios de 1 500 metros entre Sines e a fronteira.
Sem elaborar, o PFN aponta ainda para a criação de Auto-estradas Ferroviárias e o Transporte de Mercadorias Expresso com o regresso do transporte a retalho em carga de elevado valor.
O Plano Ferroviário Nacional foi ontem apresentado e ficará agora em discussão pública, após o que regressará ao Conselho de Ministros para ser transformado em lei, que o Governo pretende seja aprovada em Assembleia da República com o mais amplo apoio partidário possível.