A Pacific International Lines (PIL), a décima maior companhia de transporte marítimo de contentores, continua em dificuldades, a vender navios para ajudar às contas.
A PIL, companhia privada de Singapura, vai abandonar este mês a rota trans-Pacífico, pretendendo focar-se nos serviços Norte-Sul. A PIL, fundada em 1967, também já havia abandonado a rota Ásia-Europa em Abril do ano passado.
A companhia já vendeu alguns dos seus navios e outros activos numa tentativa de equilibrar as contas. Relatórios de corretores revelam que a PIL vendeu quatro navios de 11 923 TEU à Seaspan, por 367 milhões de dólares (329,2 milhões de euros). E no início da semana, a Wan Hai Lines anunciou a compra à PIL de dois navios de 11 923 TEU por 186,8 milhões de dólares (167,6 milhões de euros) da PIL. Todos os seis navios foram construídos em Yangzijiang, na China, entre 2017 e 2018.
A PIL terá, além disso, vendido a sua participação de 60% na Pacific Direct Line (PDL), que opera cinco navios de 520 a 940 TEU no Pacífico Sul. A Alphaliner relata que a venda foi feita à Neptune Pacific Line, outro operador focado nas rotas do Pacífico Sul.
Anteriormente, e numa tentativa de reforçar suas operações de transporte marítimo de mercadorias, a PIL concluiu a venda da maioria do fabricante de contentores Singamas à Cosco. O negócio foi concluído em Agosto de 2019 por 565 milhões de dólares (506,8 milhões de euros).
A PIL é décima no ranking elaborado pela Alphaliner, com uma quota de 1,6%, relativa a cerca de 387 mil TEU, em 117 navios (67 próprios e 50 fretados).