Num momento em que a privatização da TAP é falada com maior insistência, os pilotos da companhia lembram que há um acordo com o Governo que lhes “garante” uma participação de entre 10% e 20% no capital e um lugar no futuro conselho de administração.
O acordo data de 1999 e foi assinado entre o Governo e o Sindicato dos Pilotos da Aviação Civil (SPAC), no âmbito de um processo negocial que colocou termo a mais um período de contestação laboral na companhia aérea nacional.
Agora que o Estado quer avançar com a privatização da companhia até ao final do ano – até por imposição do acordo firmado com a “troika” – e que se multiplicam os nomes de putativos interessados na compra, o sindicato dos pilotos decidiu lembrar o Executivo e os partidos candidatos às “Legislativas” da existência daquele acordo.
“Os pilotos têm sensibilizado as partes para a importância do acordo e, uma vez que o Governo está demissionário, essa sensibilização será também feita a todos líderes partidários, numa perspetiva pró-activa para que o futuro processo decorra sem altercações”, disse hoje o SPAC à “Lusa”.
Entretanto, a companhia portuguesa prepara-se para lançar cinco novos destinos, reforçando a oferta para África, EUA e Brasil.
A primeira nova rota arrancará a 5 de Junho, para Bamako, capital do Mali, com três voos semanais (quartas, sextas e domingos) operados com aviões A319 ou A320.
Seguir-se-á, a 6 de Junho, Miami, com voos diários, excepto às quartas-feiras, operados com aviões A332.
Depois, a 12 de Junho, será a vez de Porto Alegre, com quatro ligações por semana (às segundas, quartas, sábados e domingos), também operadas com aviões A332.
Em Julho, dia 1, será lançada a ligação para São Vicente, Cabo Verde, com duas frequências semanais., e no dia seguinte partirá o primeiro avião para Acra (capital do Gana), que será servida quatro vezes por semana.