No primeiro trimestre, foram 11 os incidentes de pirataria registados nas águas da Nigéria e do Benin. Tantos quantos os verificados em todo o ano passado.
Os piratas nigerianos estão cada vez mais activos e atrevidos, afastando-se cada vez mais da costa para atacarem os navios. E se ainda não são tão bem sucedidos quanto os somalis, aparentam ser muito mais violentos, reporta o International Maritime Bureau (IMB).
Dos 11 incidentes registados na região, entre Janeiro e Março, seis ocorreram a mais de 70 milhas da costa, o que deixa perceber que os piratas estarão a usar navios pesqueiros como bases para lançarem as suas operações.
“Apesar de o número de incidentes registados na Nigéria ser ainda menor que na Somália, e de os piratas manterem os navios sequestrados apenas durante alguns dias e não meses, os níveis de violência contra as tripulações são perigosamente altos”, refere o director do centro do IMB que acompanha o fenómeno da pirataria.
Apesar da acção internacional, a Somália continua a dominar a actividade da pirataria marítima, com um total de 43 ataques registados no primeiro trimestre, de que resultaram o sequestro de nove navios e de 144 tripulantes.
No final de Março, os piratas somalis controlavam 15 navios mercantes e tinham sequestrados 253 tripulantes a bordo e outros 49 em terra.
Em todo o mundo, o BMI registou o sequestro de 11 navios e 212 tripulantes, e a morte de quatro marinheiros. Outros 46 navios estiveram ameaçados, com 32 tentativas de assalto e 14 ataques com armas de fogo.
Recentemente a União Europeia autorizou as forças da sua missão anti-pirataria a perseguirem os criminosos em terra, no que é considerado um importante passo para aumentar a eficácia do combate ao crime.