A actividade dos piratas somalis é cada vez mais arriscada mas mais proveitosa também. No ano passado foram 44 os navios sequestrados, menos oito do que em 2009.
O valor médio dos resgates pagos pelos armadores e pelas companhias de seguros aos piratas somalis subiu 60% em 2010, para cerca dos 5,4 milhões de dólares. Em 2009, a média foi de 3,4 milhões de dólares. Em 2005 ficava-se pelos 150 mil dólares.
Armadores e companhias de seguros estão cada vez mais dispostos a pagar mais, e os piratas sabem disso. Mesmo se os pagamentos acontecem cada vez mais tarde: no ano passado o tempo médio dos sequestros subiu para 150 dias, quase o triplo do verificado em 2009 (55 dias). Mas em Novembro fixou-se um novo recorde, com um regaste de um petroleiro por 9,5 milhões de dólares.
Contas feitas, no ano passado os custos dos sequestros de navios por piratas somalis terão ficado algures entre os 7 mil milhões e os 12 mil milhões de dólares. Valores a que acrescem os custos da manutenção das forças navais na região e outros.
Estes e outros dados constam de vários estudos citados nos media internacionais. Um número mais: os armadores estarão a gastar entre 2,3 e 3 mil milhões dólares com o desvio de navios do canal do Suez para a rota do Cabo, por questões de segurança.