No ano passado, registaram-se 115 incidentes de pirataria marítima, o número mais baixo das últimas três décadas, de acordo com o International Maritime Bureau (IMB) da Câmara de Comércio Internacional (ICC).
Face a 2021, verificaram-se no ano passado menos 17 incidentes. Ainda assim, o IMB continua a instar as autoridades nacionais e forças internacionais a manterem a pressão sobre os piratas que permanecem activos.
As águas do Estreito de Singapura foram, desta feita, o principal palco dos actos terroristas, com um total de 38 navios abordados, de acordo com o relatório. Ao invés, no Golfo da Guiné, o epicentro da pirataria marítima nos últimos anos, registaram-se apenas 19 incidentes, contra 35 em 2021.
O relatório do IMB destaca ainda a evolução da situação na América Latina, com uma redução significativa dos assaltos no porto de Callao (menos 33% em termos homólogos).
No total, ao longo de 2022, 107 navios foram abordados pelos piratas e dois outros foram mesmo sequestrados. Os navios graneleiros foram os principais alvos (50 ocorrências), seguidos dos dos navios-tanque (34) e dos porta-contentores (11).
Nos ataques dos piratas, 41 marítimos foram feitos reféns e dois acabaram mesmo raptados.