José Pires da Fonseca está de regresso à logística e ao transporte ferroviário de mercadorias, agora na Rio Tinto Moçambique.
Depois de uma rápida incursão no negócio dos passageiros, como responsável pelo negócio ferroviário da Veolia Transdev na Península Ibérica, Pires da Fonseca muda-se de armas e bagagens para Moçambique, para superintender a actividade da companhia de mineração anglo-australiana Rio Tinto.
Pires da Fonseca terá por principal desafio montar toda a cadeia logística, de base ferroviária, que permita à Rio Tinto escoar para o litoral, para posterior exportação, o carvão extraído nas jazidas de Benga.
No imediato a companhia está a utilizar a linha do Sena para fazer chegar o carvão ao porto da Beira e negoceia com a estatal Portos e Caminhos de Ferro de Moçambique a construção de um ramal entre a estação ferroviária de Moatize e a região de Benga, até 2015.
A ida de Pires de Fonseca para Moçambique é, na prática, um regresso, porquanto antes de ingressar na Veolia Transdev, e ainda ao serviço da Takargo, esteve durante meses naquele país, despistando oportunidades de negócio para o grupo Mota-Engil. O grupo português ganhou entretanto a construção de uma linha férrea para a Vale Moçambique.
Pires da Fonseca iniciou o seu percurso profissional no sector na CP, tendo chegado a liderar a CP Carga. Esteve depois na criação da Takargo, o único transportador ferroviário de mercadorias privado português. E no ano que permaneceu na Veolia Transdev ganhou o prémio europeu “Talento da Mobilidade”.