Plano Ferroviário Nacional é prioridade da “nova” Direcção da Adfersit

Estudar e propor as linhas gerais para um novo Plano Ferroviário Nacional será uma das prioridades da Adfersit para os próximos dois anos, avançou ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS o presidente da Direcção reconduzido, Mário Lopes.

“A rede de estradas está consolidada, e o mesmo acontece com os portos. No relativo aos aeroportos, apenas haverá que discutir o caso de Lisboa. Falta definir as opções para a ferrovia, determinante para a estruturação do território até pela longevidade da rede”, justificou Mário Lopes.

Apesar dos constrangimentos do presente, a Adfersit mantém a defesa de uma perspectiva de longo prazo, de integração do País na rede ferroviária europeia, mediante a construção de canais em bitola europeia totalmente interoperáveis e aptos para o tráfego misto.

Por isso, Mário Lopes insiste nas vantagens de uma nova ligação ferroviária Aveiro-Vilar Formoso sobre a opção o PETI 3+ de melhorar a Linha da Beira Alta. Será mais caro e demorará mais tempo a concretizar, concede, mas “é melhor ter uma solução de futuro em 2023-24 do que um remendo em 2020”, sintetiza.

Prioritária para a Adfersit é também a questão da regulação do sector ferroviário, mormente em vésperas da concessão a privados de vários serviços. “As privatizações têm de ser acompanhadas por um reforço da regulação”, resume o dirigente.

Mário Lopes foi eleito presidente da Direcção da Adfersit – Associação para o Desenvolvimento de Sistemas Integrados de Transportes nas eleições ocorridas na semana passada. Na prática, tratou-se de uma recondução, uma vez que o professor universitário já desempenhava as eleições desde a saída de Vítor Caldeirinha (quando da sua nomeação para a presidência da APSS).

Com Mário Lopes, integram a Direcção, eleita para um mandato de dois anos, Manuel Moura e Ana Lúcia Pereira, como vice-presidentes, Ricardo Félix, Cristina Caetano, Gonçalo Freitas, António Vila Verde Ribeiro, Carlos Correia e Paulo Niza, como vogais.      Cardoso dos Reis preside à Mesa da Assembleia Geral e Augusto Felício ao Conselho Fiscal.

O Conselho Estratégico, que deverá funcionar como gabinete de estudos, é liderado por Acúrcio dos Santos.