A PLIE da Guarda inaugurou a terceira fase, mas já tem uma quarta fase planeada e uma quinta no horizonte, no âmbito da revisão do Plano Director Municipal (PDM).
A terceira fase da PLIE da Guarda foi inaugurada na passada sexta-feira, e logo com a assinatura dos contratos com 14 empresas que irão ocupar 30 dos 44 lotes disponíveis, investindo ali 21,5 milhões de euros e criando perto de 200 postos de trabalho.
Lançada em 2002, a PLIE (de Plataforma Logística de Iniciativa Empresarial, uma novidade à epoca) da Guarda teve um arranque lento, mas agora dá sinais de grande vitalidade. A prova disso é a decisão do Município de avançar com uma quarta fase do empreendimento, com a adição de 60 lotes, que deverá elevar para cerca de 260 as áreas disponíveis para acolher empresas.
Nos planos para o curto prazo estão também a melhoria do terminal TIR contíguo e a ligação ao porto seco que a APDL se propõe dinamizar, assim estejam concluídas as obras de modernização da Linha da Beira Alta.
Actualmente, de acordo com informação divulgada pelo Município da Guarda, as empresas instaladas na PLIE concentram cerca de 1 200 postos de trabalho e realizam um volume de negócios de mais de 200 milhões de euros anuais.
Mas o potencial de crescimento é enorme, ou não seja a Guarda o maior nó de transportes transfronteiriço de Portugal, na confluências das auto-estradas A25 e A23 e das linhas ferroviárias da Beira Alta e da Beira Baixa, com uma área de influência que, do lado de cá da fronteira, se estende, no litoral, entre Viana do Castelo e Figueira da Foz (com destaque óbvio para os portos de Leixões e Aveiro) e, no interior, chega a Castelo Branco e Vila Velha de Ródão, e a que haverá que somar o que acontece do lado de lá da fronteira, em Castilla – La Mancha, e por aí fora, ao longo do Corredor Atlântico, como salientou José Monteiro Limão, na cerimónia de inauguração da terceira fase.
Será pensando nesse potencial de crescimento que a Câmara da Guarda já perspectiva uma quinta fase de expensão da PLIE, a ser acolhida no âmbito da revisão do PDM, que em breve estará em consulta pública.
A proposta de revisão, apresentada por Rui Alves, consultor em ordenamento do território e urbanismo, contempla 376 hectares de espaços para atividades económicas a programar e 21 hectares de espaços para atividades económicas a consolidar.
A inauguração da terceira fase da PLIE da Guarda contou com a presença do ministro da Economia, Pedro Reis, que aproveitou a deslocação à Guarda para visitar algumas empresas ali instaladas, entre elas a Olano.