Os promotores da Plataforma Logística do Poceirão, a maior do Portugal Logístico, estão a negociar com o BEI um financiamento de até 60 milhões de euros para o projecto.
A informação está disponível na página da internet do Banco Europeu de Investimentos, na área dedicada aos projectos pendentes. Ali se diz que o projecto visa o desenvolvimento de uma plataforma logística multimodal na Área Metropolitana de Lisboa e na proximidade dos portos de Lisboa, Setúbal e Sines. E também se acrescenta que a plataforma contribuirá para a ligação à Rede Transeuropeia de Transportes e facilitará a transferência de cargas da rodovia para o caminho de ferro.
O financiamento solicitado é de 60 milhões de euros, em termos indicativos, para um custo total estimado de 120 milhões de euros, é ainda dito na página web do BEI.
O pedido de financiamento deu entrada no BEI no passado dia 21.
Curiosamente, o processo avança para o BEI poucos dias depois de o Governo ter anunciado a intenção de rever o projecto Portugal Logístico à luz das dificuldades económicas e financeiras do País.
As obras na plataforma logística do Poceirão deveriam avançar este ano, de modo a que os primeiros operadores se pudessem ali instalar ainda em 2011.
O investimento anunciado para o Poceirão atingiu os 850 milhões de euros em meados de 2008, quando o consórcio integrado pela Mota-Engil, Odebrecht, BES e Opway alargaram a área de implantação do projecto de 400 para 600 hectares. “Os níveis de procura assim o exigem”, dizia então Pedro Montalvão, citado pelo “DE”.
No final do mesmo ano, em comunicado enviado à CMVM, a Mota-Engil avisava que “a evolução do LOGZ dependerá de um conjunto vasto de factores exógenos, enquadrados pelos projectos do Novo Aeroporto de Lisboa, da Alta Velocidade e das Travessias do Tejo, para além, naturalmente, da resposta da economia e do sector logístico à oferta potencial desta nova infra-estrutura”. E que o projecto – e o investimento – “serão diluídos ao lomngo de um período entre 40 e 50 anos”.