A frota mundial de porta-contentores fechou o ano de 2019 com 5 347 navios e uma capacidade agregada de 22,3 milhões de TEU, segundo os dados da Alphaliner.
A Maersk lidera o ranking mundial da Alphaliner, com uma capacidade de transporte de 4,2 milhões de TEU (17,8% do total mundial), seguida da MSC, com 3,8 milhões de TEU e 15,9% de quota. Juntas as duas parceiras da aliança 2M controlam 33,7% da oferta mundial de transporte marítimo de contentores.
Com quotas de mercado, em termos de capacidade, de dois dígitos encontram-se a Cosco e a CMA CGM, com 2,9 e 2,7 milhões de TEU, respectivamente, e quotas de 12,4% e 11,4%.
Cosco e CMA CGM integram a Ocean Alliance, juntamente com a Evergreen, e as três detêm 29,2% de quota de mercado. Em Abril próximo juntar-se-lhes-á a HMM, que no final do ano representava 1,7% da capacidade mundial.
A Hapag-Lloyd é número cinco mundial, com 1,7 milhões de TEU e 7,3% de quota, à frente da ONE, sua parceira na THE Alliance, com 1,6 milhões e 6,7%. Completa a aliança a Yang Ming, número oito mundial, com 647 mil TEU e 2,7% de quota. Juntas valem, pois, 16,7% da oferta mundial.
A Yang Ming é, pode-se dizê-lo, a mais pequena das grandes companhias mundiais. Atrás de si, a PIL conta apenas 392 mil TEU.
Evergreen lidera encomendas
Diferente é o ranking das companhias com mais capacidade encomendada. Aí manda a Evergreen, com um total de 69 navios e 557 mil TEU contratados. O equivalente a 43,6% da sua capacidade actual.
Neste ranking particular, o segundo lugar é da CMA CGM, com 31 navios e 471 mil TEU, e o terceiro cabe à HMM, com 21 navios e 419 mil TEU. Neste caso, note-se, a capacidade contratada supera (107,5%) a da frota actual da companhia sul-coreana.
Além destas merecem referência as carteiras de encomendas da MSC e da Yang Ming, a primeira com 15 navios e 256 mil TEU agendados, e a segunda com 24 navios e 198 mil TEU.
A Maersk apenar aguarda 18 navios, num total de perto de 43 mil TEU. Cosco, Hapag-Lloyd e ONE não têm encomendas anunciadas.
Assumindo que todos os novos navios acrescentariam capacidade às frotas actuais, o que não será seguramente o caso, ainda assim a Maersk não veria perigar o seu primeiro lugar, mas teria a MSC mais perto. Já a CMA CGM ultrapassaria a Cosco e recuperaria o terceiro lugar do ranking da Alphaliner.
Com os novos navios, a Evergreen poderia superar a Hapagf-Lloyd e e a ONE e atingir o quinto posto.
GS Lines no 90.º lugar
O Grupo Sousa continua a ser a única presença portuguesa no ranking da Alphaliner, ocupando a 90.º posição. A consultora parisiense continua a referir o grupo madeirense como consolidando a PCI, a ENM e a Boxlines, sendo certo que os três armadores integram agora a GS Lines.
De acordo com os números da Alphaliner, a companhia portuguesa opera com sete navios (quatro próprios e três fretados), com uma capacidade total de 6 751 TEU.