A frota inactiva de porta-contentores caiu abaixo da marca de dois milhões de TEU pela primeira vez em quatro meses, de acordo com os dados da Alphaliner.
A Alphaliner indica que os porta-contentores parados caíram para 375 navios, o equivalente a 1 847 871 TEU, a 6 de julho, uma queda de 471 508 TEU desde a anterior contagem, realizada no final de Junho.
A consultora defende, no relatório semanal, que os dados indicam uma “melhoria das condições de mercado”, com as companhias a aliviar a gestão rigorosa de capacidade, à medida que as economias globais se reactivam no pós-confinamento. Os novos números também reflectem o facto de os porta-contentores terem passado o pico de instalação de filtros de gases de escape (scrubbers).
A Container Trade Statistics (CTS) divulgou, na semana passada, dados de procura relativos ao mês de Maio, que revelaram que Abril foi, de facto, o pior mês para as companhias de transporte. “[Após] as fortes disrupções em Abril e Maio, uma relativa calma abateu-se sobre os mercados”, afirmou a Sea-Intelligence no seu último relatório semanal, publicado no domingo (dia 12).
“A procura não é tão restrita e isso coloca um novo desafio para as companhias. Como voltar a, gradualmente, aumentar a capacidade – idealmente procurando captar mais volumes à medida que o mercado sai do fundo observado em Abril e Maio, mas sem prejudicar os bons preços de fretes que foram alcançados”, observou a Sea-Intelligence.
Uma nova previsão publicada no mês passado nos Estados Unidos, pela Global Port Tracker, compilada pela National Retail Federation e pela Hackett Associates, avisou que as companhias devem preparar-se para a menor época alta desde 2014.