As portagens na Via do Infante (A22), que atravessa o Algarve, renderam 28,2 milhões de euros de receita em 2014, uma subida de 4,5 milhões relativamente ao ano anterior, anunciou a Estradas de Portugal (EP).
“A Estradas de Portugal registou em 2014 uma receita de portagem proveniente da Via do Infante – A22 de 28,2 milhões de euros. O valor cobrado nesta auto-estrada, que até 2012 era exclusivamente suportado pelo dinheiro dos contribuintes, atingiu os 72,1 milhões de euros nestes últimos três anos”, precisou a empresa em comunicado.
As receitas têm vindo a aumentar desde a introdução de portagens, em Dezembro de 2011, alcançando no ano seguinte receitas de 20,4 milhões de euros e de 23,7 milhões em 2013, valor que cresceu 4,5 milhões no ano passado.
“Para esta subida contribuiu naturalmente não só o maior volume de utilizadores da Via do Infante, que demonstram maior disponibilidade para pagar a utilização desta via, mas também o aumento do nível de cobrança conseguido junto dos condutores de veículos de matrícula estrangeira”, justificou a empresa em comunicado.
Igualmente contribuíram “as regulares acções de fiscalização, de informação”, mas também a criação de métodos mais fáceis de cobrança das portagens eletrónicas desde 2012, acrescentou a EP.
A Estradas de Portugal frisou que, nos últimos dois anos, as receitas com a antiga SCUT do Algarve “aumentaram 38%” e a via recuperou tráfego, tendo em 2014 sido a concessão que mais cresceu, com 19% relativamente ao ano de 2013.
A receita das portagens permitiu, segundo a Estradas de Portugal, reduzir em 47% o valor suportado pelos contribuintes antes da introdução de portagens, quando a via ainda era uma auto-estrada sem custos para o utilizador (Scut). Esta redução de encargos foi também conseguida, diz a EP, através da “significativa redução dos encargos já conseguida, decorrente da renegociação do contrato de concessão”.