A Confederação de Empresários da Galiza (CEG) considera que a cobrança de portagens nas SCUT, tal como está a ser feita, atenta contra o princípio da livre circulação na Europa.
Depois de no passado dia 15, o primeiro da cobrança das portagens, terem enviado uma comunicação para Bruxelas, os empresários galegos voltam à carga, junto da Comissão Europeia e também do Parlamento.
Em comunicado emitido a propósito, a CEG alerta para as dificuldades impostas pelo sistema de cobrança naquelas auto-estradas, cujos utilizadores têm que, desde o passado dia 15, possuir um dispositivo electrónico que está disponível para compra ou aluguer com um pré carregamento mínimo.
Para a confederação, está em causa o facto de o sistema implementado não prever outros modos de pagamento, em dinheiro ou cartão de crédito, e também o facto de os cidadãos e empresas portuguesas beneficiarem de descontos que estão vedados aos galegos.
Os empresários galegos queixam-se mais de uma vez da falta de informação por parte das autoridades portuguesas, e também da burocracia necessária à compra do dispositivo electrónico para o pagamento das portagens.
As queixas agora enviadas para Bruxelas são mais um passo na contestação que desde a primeira hora a Galiza tem feito à introdução de portagens nas SCUT nortenhas. Já antes, empresários da margem Norte do rio Minho pediram isenções para as empresas e para os cidadãos que diariamente cruzam a fronteira, lembrando que metade das mercadorias nacionais para Espanha saem pela Galiza, que há muitas empresas lusas a fornecer a indústria automóvel galega, ou que o porto de Vigo é a porta de entrada do mármore importado para o Norte.