A opção do Governo pela solução “Portela+1” implicará um investimento total de 2,66 milhões de euros, entre 2012 e 2050, prevê a ANA.
Daquele montante, cerca de dois milhões de euros serão aplicados na expansão do aeroporto da Portela, e os restantes 600 milhões na adaptação da base aérea que servirá como aeroporto complementar (a ANA prefere o Montijo).
Os números são hoje avançados pelo “Negócios” e constarão do relatório “Projecto PET Portela + alternativas”, realizado pela ANA, a mando do Governo, no âmbito do Plano Estratégico de Transportes.
Naquele relatório, a ANA escolhe a base aérea do Montijo como melhor opção, face a Sintra e Alverca, para a localização do aeroporto complementar à Portela. Mas sublinha que a solução ideal passaria pela construção faseada, modular, no Novo Aeroporto de Lisboa em Alcochete. Só que esse cenário não consta sequer do Plano Estratégico dos Transportes.
Numa análise financeira aos custos/benefícios da opção pela base do Montijo, a ANA estima que a decisão de investimento represente um valor actual negativo de 88,9 milhões de euros (considerando o valor gerado e as responsabilidades da dívida e dos juros do seu funcionamento).
A ANA alerta ainda para as resistências que poderão surgir quando se tratar de mudar a EasyJet do terminal 2 da Portela para o Montijo. E lembra as dificuldades sentidas noutros países com a operação conjunta de dois aeroportos (é citado o caso de Milão e Malpensa, em Itália).