A Portline Bulk International (PBI) reforçou as frotas sob gestão com quatro navios em 2019 e chegou aos 20. O ano correu bem, avançou ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS a CEO da empresa, Cristina Alves.
A Portline Bulk fechou o ano com 20 navios sob gestão. No espaço de três anos, quase duplicou a frota, tendo recebido quatro navios em 2017 e outros tantos em 2019. O último foi o Port Tokyo, de 63 450 tons de DWT, construído no estaleiro de Imabari, no Japão, e entregue já em Outubro. Novas aquisições não estão “de momento” previstas, referiu Cristina Alves.
Juntos, os 20 navios representam “cerca de 1,3 milhões de toneladas DWT”. Dividem-se entre duas frotas: a Portline Holdings, com “11 navios Supramax e um Capesize” e a Port Dragon Bulk, com “oito navios Ultramax”. O Port Tokyo integra esta última.
Tal como alguns demais, o Port Tokyo foi afretado à Pacific Basin por “cerca de oito meses de time charter”. No final do ano, viajava em direcção à Austrália, com uma carga de trigo. De resto, salientou a CEO da PBI, “a frota está espalhada pelo globo – cerca de 60% está mais concentrada na bacia do Atlântico e Mediterrâneo e os outros 40% no Pacífico e Índico”.
Com a entrada dos novos limites de enxofre no combustível impostos pela IMO, também a PBI teve de preparar os navios sob gestão, nomeadamente com as “limpezas dos tanques de HSFO para os navios serem abastecidos com VLSFO”. Uma operação com um “impacto substancial” nos custos, sublinhou Cristina Alves, não apenas porque “os navios têm que parar para fazer as limpezas dos tanques – e consequentemente não ganham durante essas paragens”, mas também porque “é proibido fazer limpezas de tanques em bastantes portos, nomeadamente na Europa e USA, onde a maioria dos navios estão a fazer o trade, e nos portos onde autorizam limpezas o custo destas é elevadíssimo”, acrescentou.
Felizmente, “os mercados melhoraram bastante em 2019 e a PBI possibilitou melhores resultados aos armadores dos navios das duas frotas”. Mas a gestora escusou-se a avançar números da performance da empresa.
A Portline Bulk é hoje a face visível da Portline – Transportes Marítimos Internacionais, S.A, depois da venda do negócio do transporte marítimo de contentores ao Grupo Sousa.
Apesar de operar exclusivamente nos mercados internacionais, a PBI continua sediada em Lisboa e é a partir daí que uma equipa de cerca de 40 pessoas gere as operações dos agora 20 navios nos mares do globo.