A Portline Bulk International já recebeu dois dos quatro Ultramax com que este ano reforçará a sua frota, adiantou ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS Cristina Alves, a CEO da companhia.
Dois anos volvidos, a Portline Bulk prepara-se para repetir a “dose” e integrar quatro navios graneleiros da classe Ultramax. No final do ano, a frota da companhia contará 20 navios.
“A PBI recebeu no dia 17 de Maio passado um novo navio, o Port Kyushu, um Ultramax de cerca de 62 700 tons de DWT, construído no estaleiro da Oshima [Shipbuilding Co], no Japão”, anunciou Cristina Alves ao TRANSPORTES & NEGÓCIOS.
Com 200 metros de comprimento e 32,26 metros de largura, o Port Kyushu tem uma capacidade de carga de 79 200 metros cúbicos. Para movimentar as cargas dispõe de 4 gruas de 30 toneladas cada. “É mais um navio de excelente qualidade, muito prestigiado no mercado, e que foi fechado com a Pacific Basin por um período de quatro a seis meses em time-charter”, referiu a CEO da companhia portuguesa.
Mas este não foi o primeiro reforço da frota da PBI no ano corrente. Já em Janeiro chegou o Port Imabari, também construído no Japão, no estaleiro da Imabari Shipbuilding Co. Também ele um Ultramax, com 63 485 tons de DWT e uma capacidade de transporte de 80 mil m3.
“Neste momento a PBI gere 18 navios graneleiros e em breve serão 19, com a entrega do Port Osaka no próximo dia 5 de Julho”, avançou Cristina Alves. Será praticamente um navio gémeo do Port Kyushu, como ele construído no estaleiro da Oshima.
Para Outubro “está prevista a chegada do Port Tokyo”, em construção nos estaleiros da Imabari e com características semelhantes às do Port Imabari.
Ou seja, no final do ano a Portline Bulk gerirá uma frota de 20 navios. O montante do investimento nas novas unidades não é divulgado.
Portline Bulk clama inocência nos EUA
Há dias, a Portline Bulk foi notícia por causa da multa de 1,5 milhões de dólares que lhe foi aplicada nos EUA por crimes ambientais. A companhia, porém, insiste na sua inocência.
“Os engenheiros envolvidos violaram as regras expressas da PBI”, garantiu Cristina Alves.
Então, porquê a multa? Porque “a legislação americana responsabiliza o gestor do navio pelos actos de seu pessoal de bordo, mesmo quando não há qualquer implicação nos crimes cometidos”. E daí a empresa “optou por assinar um acordo judicial com o governo dos EUA”, acrescentou a CEO.
“A PBI continua totalmente empenhada na boa gestão ambiental e reforçou o controlo a bordo e procedimentos de auditoria, para que esse tipo de conduta criminosa nunca mais aconteça a bordo dos seus navios”, reforçou.